segunda-feira, 26 de julho de 2010

Driblando o preconceito.

Sou negro
Endógeno do gueto
Guerreiro desde cedo
Driblando o preconceito.


Sou negro
Sentir na pele o racismo
Às vezes o peito ferido
Choro lágrima de sangue.

Sou negro
E não fujo da batalha
Mato um leão por dia
Para não morrer na vala.

Sou negro
Meus avós foram escravos
Lutaram anos e mais anos
Contra opressor covarde.


Sou negro
Não temo o perigo
Sempre de cabeça erguida
Vou trilhando meu caminho.


Sou negro
E já fui descriminada
Trago comigo o gingado
Dos meus antepassados.


Sou negro
Por fora e por dentro
E ando sempre atento
Driblando o preconceito.


Fuzzil

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