domingo, 29 de novembro de 2009

Cruz e Sousa

Poeta negro brasileiro, autor de "Broqueis"

João da Cruz e Sousa faleceu a 19 de Março de 1898, aos 36 anos, e a história da sua vida é uma das mais trágicas da literatura brasileira. Filho de um casal de escravos, "recebeu o nome do santo do dia, João da Cruz, e o sobrenome do senhor do seu pai", o Marechal-de-Campo Guilherme Xavier de Sousa. "(...) Negro puro, (...) deixava três filhos e uma viúva grávida. Esses três filhos, um por um, sucumbirão à mesma tuberculose. A eles seguir-se-á a mãe. Apenas o filho póstumo, com o mesmo nome do pai, escapará da hecatombe familiar, para, por sua vez, morrer da mesma doença aos dezassete anos, em 1915.

Deixava grávida, no entanto, a menor Francelina Maria da Conceição, que, após gerar o neto do poeta, (...) morreria atropelada por um bonde".

Considerado o maior poeta do Simbolismo brasileiro, Cruz e Sousa foi protegido e educado pela esposa do Marechal-de-Campo e depressa revelou grandes aptidões intelectuais, de onde uma extrema desadequação ao seu meio de origem e o embate violento com o preconceito racial.

A vida atribulada desta grande personalidade das letras brasileira é também pretexto para uma criteriosa amostragem, por parte do crítico que assina o artigo, de alguns dos seus melhores e mais belos poemas.


Alexei Bueno

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